A autora traça uma linha de reflexäo diante do problema da evoluçäo da teoria e prática psicanalíticas baseada na experiência freudiana considerada, näo como um corpus teórico sistemático, mas como um texto que se oferece para o analista como oportunidade de se deixar interrogar a partir de sua análise e de sua clínica. Desse ponto de vista, a descoberta da teoria pelo analista decorre de uma disposiçäo freudiana frente ao conhecimento: realizar um trabalho, näo só de elaboraçäo - Verarbeitung, mas de perlaboraçäo -Durcharbeitung. Reconhece na obra de Pierre Fédida um caminho de exploraçäo do poder heurístico da situaçäo analítica como recurso de ampliaçäo da especificaçäo técnica da psicanálise. Pierre Fédida näo se restringe à estabilidade dos conceitos metapsicológicos, dirige-se a uma avaliaçäo dos recursos de plasticidade dos modelos que a clínica psicanalítica pode desenvolver. Explorando o terreno das patologias que exibem características de uma funçäo do negativo, interessa-se pela negatividade do sintoma considerando-o a partir das operações psíquicas elementares - identificaçäo, projeçäo, transferência - implicadas na composiçäo - intrinsecamente teórica - do sintoma. A discussäo de um fragmento clínico, um exemplo de reaçäo terapêutica negativa, serve como ocasiäo para apreciar o trabalho transferencial do sintoma onde sua funçäo negativa envolve a possibilidade de desenvolvimento técnico. A legibilidade das marcas sedimentadas a partir da formaçäo do sintoma deve-se à condiçäo encontrada pelo analista de se deixar transformar pela açäo negativa do sintoma. A reaçäo terapêutica negativa traz em seu bojo a questäo da negatividade pela qual se constitui o interlocutor das transferências na situaçäo analítica - Fédida - e reencontra o ponto de vista freudiano de que o psíquico só é observável dentro de uma visäo metapsicológica que concede linguagem ao sintoma
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Schaffa, Sandra Lorenzon
Pierre Fédida e a atualidade dos modelos freudianos: evoluçäo da teoria e prática psicanalítica
En: Jornal de Psicanálise. -- Vol. 39, no. 71 (2006). -- Säo Paulo : Instituto de Psicanálise, [s.f.]
A autora traça uma linha de reflexäo diante do problema da evoluçäo da teoria e prática psicanalíticas baseada na experiência freudiana considerada, näo como um corpus teórico sistemático, mas como um texto que se oferece para o analista como oportunidade de se deixar interrogar a partir de sua análise e de sua clínica. Desse ponto de vista, a descoberta da teoria pelo analista decorre de uma disposiçäo freudiana frente ao conhecimento: realizar um trabalho, näo só de elaboraçäo - Verarbeitung, mas de perlaboraçäo -Durcharbeitung. Reconhece na obra de Pierre Fédida um caminho de exploraçäo do poder heurístico da situaçäo analítica como recurso de ampliaçäo da especificaçäo técnica da psicanálise. Pierre Fédida näo se restringe à estabilidade dos conceitos metapsicológicos, dirige-se a uma avaliaçäo dos recursos de plasticidade dos modelos que a clínica psicanalítica pode desenvolver. Explorando o terreno das patologias que exibem características de uma funçäo do negativo, interessa-se pela negatividade do sintoma considerando-o a partir das operações psíquicas elementares - identificaçäo, projeçäo, transferência - implicadas na composiçäo - intrinsecamente teórica - do sintoma. A discussäo de um fragmento clínico, um exemplo de reaçäo terapêutica negativa, serve como ocasiäo para apreciar o trabalho transferencial do sintoma onde sua funçäo negativa envolve a possibilidade de desenvolvimento técnico. A legibilidade das marcas sedimentadas a partir da formaçäo do sintoma deve-se à condiçäo encontrada pelo analista de se deixar transformar pela açäo negativa do sintoma. A reaçäo terapêutica negativa traz em seu bojo a questäo da negatividade pela qual se constitui o interlocutor das transferências na situaçäo analítica - Fédida - e reencontra o ponto de vista freudiano de que o psíquico só é observável dentro de uma visäo metapsicológica que concede linguagem ao sintoma
1. REAÃÃO TERAPÊUTICA NEGATIVA; 2. ELABORAÃÃO; 3. TEORIA PSICANALITICA; 4. FORMAÃÃO DO SINTOMA; 5. PROCESSOS TERAPÊUTICOS